New York 1981. Num ambiente de jogos sujos, Abel tenta
manter e fazer crescer o seu negócio e, ao mesmo tempo, proteger a sua família e
empregados.
O género “gangsters” nunca foi dos meus preferidos e, de
certa forma, este drama pode encaixar-se nesse género. Felizmente o realizador
J. C. Chandor evitou os lugares comuns do género e a sua opção de se inspirar
no cinema dos anos 70 (fotografia, estilo de filmagem) é uma mais valia. A
história é simples e o que interessa é mesmo a forma como os personagens
interagem entre si, com algum suspense pelo meio.
A ajudar ao “look” anos 70 temos, como Abel, um Oscar
Isaac que fisicamente nos faz lembrar um jovem Al Pacino, menos over-acting,
mas com o mesmo ar. Um dos pormenores mais interessantes é o ar sempre aprumado
de Isaac, mesmo numa longa perseguição a pé ele nem se despenteia nem se suja;
tudo mais que deliberado. Tem tudo a ver com o seu personagem e a forma como
ele lida com um suicido é genial. A seu lado, como sua mulher, temos a grande
Jessica Chastain noutra grande interpretação; adorei as suas longas unhas e a
forma como ela move os seus dedos dizendo a um Procurador que ele foi
“desrespeitoso”. Esta senhora faz parte de uma elite de grandes actrizes de que
fazem parte Julianne Moore e Meryl Streep. Classificação:
6 (de 1 a 10)
Sem comentários:
Enviar um comentário