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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A DAMA DE FERRO (The Iron Lady) de Phyllida Lloyd


Margaret Thatcher, agora reformada, recorda partes da sua vida e o seu percurso de filha de um merceeiro a 1ª Ministra de Inglaterra. Com sua vontade ferro, que lhe valeu a alcunha de “A Dama de Ferro”, ela foi durante 11 anos a mulher mais poderosa da Inglaterra e uma das mais temidas.

É estranho pensar que, quem dirigiu este filme, é a mesma realizadora do divertido e levezinho MAMMA MIA! Aqui, ela revela uma mão pesada, que arrasta por vezes a acção, mas para minha surpresa conseguiu tornar o que poderia ser uma obra politica em algo de mais humano. Este filme é mais sobre a velhice e a solidão do que sobre os jogos políticos e, nessa vertente, torna-se por vezes comovente. Felizmente, ela imprimiu algum humor à história e consegue algumas imagens que ficam na memória – os sapatos de Margaret no meio dos sapatos de homens, o contraste entre os fatos cinzentos masculinos e o chapéu colorido de Margaret.

O melhor do filme é sem dúvida Meryl Streep. Não há adjectivos suficientes para elogiar esta grande actriz. Ela é uma força imparável de enorme talento, capaz de habitar qualquer personagem que lhe dêem para interpretar. Aqui, mais uma vez, ela é extraordinária e dá-nos um dos melhores desempenhos da sua inesquecível carreira.

Podem-me matar pelo que vou dizer a seguir, mas é o que eu acho. Katherine Hepburn é considerada por muitos como a maior actriz americana de todos os tempos (a única a ganhar 4 Óscares como Melhor Actriz) mas, ao contrário de Meryl, as suas personagens encaixavam-se sempre na sua personalidade. Meryl é um camaleão capaz de tudo, diluindo-se completamente nas suas personagens e, para mim, isso faz dela a melhor actriz de todos os tempos (com as minhas desculpas a Katherine, Bette Davis e Joan Crawford, entre outras).

O filme podia ser melhor, mas vale pela interpretação de Meryl e é ela é razão mais que suficiente para se ir ao cinema. Classificação: 6 (de 1 a 10)


3 comentários:

  1. não podes comparar estrelas de Hollywood, que eram pagas para serem elas próprias, com uma (excelente) actriz do método, não se enfiam no mesmo saco :)

    gostava bastante de ver este, mas muito provavelmente a economia (precária) doméstica irá impedir-me.

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  2. Eu adoro as Divas de época dourada de Hollywood e sei que tinham contratos assinados com os estúdios e que estes não as deixavam fugir à imagem que tinham criado. Mas mesmo quando o "studio system" terminou, elas não alteraram muito o seu registo. Elas tinham uma magia que a maioria das actrizes de hoje não tem e eram, quase sempre, "bigger than life". Como já disse, adoro-as e adoro também a Meryl Streep, não há nenhuma como ela.

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  3. Já fui ao cinema ver este filme e gostei, apesar de não ser nada ao nivel de "The Artist" ou de "Hugo". O ponto mais alto deste "The Iron Lady" é a poderosa interpretação de Meryl Streep, que eu considero como sendo a melhor atriz viva ligada ao cinema.

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