A História: Sook-Hee é
contratada para ser a criada particular de Lady Hideko, uma rica herdeira que
vive com um tio que pretende casar com ela. Mas a verdade é que Sook-Hee faz
parte do plano de um 'falso conde’, Fujiwara, que quer casar com Hideko,
interná-la num hospício e partilhar a sua herança com Sook-Hee.
Os Actores: Nos papéis
de Sook-Hee e Lady Hideko, Tae-ri Kim e Min-hee Kim partilham uma química,
cumplicidade e sensualidade que transborda do ecrã e nos seduz de forma simples
e eficaz. São ambas muito bonitas e expressivas, criando uma forte ligação não
só entre elas mas também connosco (pelo menos comigo). Jung-wo Ha, como o
sedutor Conde, e Jin-woonh Jo, como o perverso tio, vão bem nos seus papéis,
mas são ofuscados pelas actrizes.
O Filme: Há muito que
não via um filme tão sensual, tão erótico e tão sedutor. Visualmente bonito e
com uma realização muito cuidada, este novo filme do realizador sul-coreano
Chan-wook Park atraiu a minha atenção desde a primeira imagem, quase como se
fosse um íman. Com um argumento bem construído e, acho que posso dizer,
retorcido, este thriller dramático é um objecto fascinante, com uma grande
carga erótica e com um forte lado perverso. As cenas em que Hideko lê passagens
eróticas perante um grupo privado de homens, são estranhamente excitantes e
plasticamente belas. Gostei muito da forma como o humor está presente de forma
subtil, mesmo nos momentos mais dramáticos, nunca lhes tirando força mas
tornando-os mais humanos. Por fim, as sequências de amor entre as duas mulheres
incendeiam o ecrã de uma forma como há muito não via. O ritmo um pouco lento e
o facto de durar quase duas horas e meia pode afastar muitos espectadores, mas
aconselho a não perderem este filme. É, desde já, uma das grandes surpresas do
ano! E, com 59 prémios internacionais, não me parece que esteja a exagerar.
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