A História: Ove é um
viúvo reformado e rabugento, que parece estar contra tudo e todos. No dia em
que decide suicidar-se, uma nova família muda-se para a casa em frente da sua
e, graças a um pequeno incidente, interrompem-lhe o suicídio. Aos
poucos, os novos vizinhos vão-se aproximando dele e entre eles cria-se uma
amizade improvável.
Os Actores: Rolf Lassgård é excelente como o velho rabugento mas de bom
coração; com um ar antipático, é daqueles personagens que dá vontade de odiar,
mas graças ao humor que investe no seu personagem facilmente ganhou a minha
simpatia. Como o jovem Ove, Filip Berg dá ao seu personagem insegurança,
timidez, introversão e paixão. No papel da esposa de Ove, Ida Engvoll ilumina o
ecrã com o seu fabuloso sorriso e seus fantásticos olhos. Uma última palavra
para Bahar Pars, que vai muito bem como a nova e muita grávida vizinha de Ove. O
restante elenco é todo ele muito bom e ajudam a criar uma engraçada galeria de
personagens.
O Filme: Esta comédia
dramática que nos chega da Suécia e que este ano foi nomeada para o Óscar de
Melhor Filme Estrangeiro, é um daqueles “feel good movies” que eu aprecio.
Percebe-se o carinho com que o realizador Hannes Holm trata os seus personagens
e a forma como deixa decorrer a sua história, sem pressas, lamechices e com
muito humor. Pessoalmente, gostava de ter sentido um pouco mais de emoção, mas
talvez seja uma questão cultural, pois os suecos são provavelmente mais frios
que nós (de repente lembrei-me do cinema de Ingmar Bergman) e mais contidos que
nós latinos. Sem dúvida um filme bem-disposto que nos deixa um sorriso nos
lábios. Já estou a imaginar Hollywood a querer fazer uma nova versão do mesmo.
Classificação:
7 (de 1 a 10)
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