A História: O pai é alcoólico, a mãe uma artista
excêntrica, cabe a Jeannette e aos seus três irmãos sobreviverem à pobreza em
que vivem e tornarem-se independentes.
Os Actores: Este é daqueles filmes que deve ter
tido uma longa fila de actores desejosos de darem vida aos personagens deste
drama da vida real; no entanto é-me difícil imaginar outros actores nos papéis.
Brie Larson, no papel de Jeannette, prova ser uma das mais talentosas e
versáteis actrizes da sua geração. Woody Harrelson dá-nos uma das melhores
interpretações da sua carreira como o pai alcoólico e Naomi Watts é excelente
como a sua esposa. Uma última palavra para Ella Anderson que é uma fantástica
revelação como a jovem Jeannette. Todos merecem uma nomeação para os Óscares.
O Filme: A vida real está repleta de histórias tão
estranhas e fabulosas como as inventadas pelos bons argumentistas de Hollywood.
O realizador e argumentista Destin Daniel Cretton, que já havia dirigido Brie
Larson no interessante SHORT TERM 12, está de volta ao grande ecrã e, apesar do
filme custar um pouco a arrancar e de ter uma longa duração, dá-nos um drama
rico em diálogos e excelentes interpretações. Ele consegue evitar as lamechices
a que uma história destas se presta, recusando romancear os acontecimentos
reais e não fugindo dos momentos mais negros e sujos da vida dos personagens.
Ele pontua o filme com bons apontamentos de humor, lágrimas nada forçadas e
alguns toques de magia. É um daqueles filmes que poderá fazer boa figura nos
Óscares.
Classificação: 7 (de 1 a 10)
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