Frances é uma jovem mulher que vive em New York com
a sua melhor amiga e que aspira a uma carreira de bailarina, apesar de não ser
muito boa nisso. Sonhadora, imatura e irresponsável, a sua vida parece não ter
rumo.
Há uma altura na vida de todos nós em que somos
forçados a acordar para a realidade, por muito que isso custe, e tornarmo-nos
adultos. É por essa fase que Frances, a personagem principal desta comédia
dramática, está a passar. Agora vou-me armar num critico sério: para Frances é
uma fase em que a vida perde a alegria e a cor (talvez por isso a fotografia a
preto e branco) e em que é tão difícil agarrar os sonhos como mantê-los. É
também uma história sobre a amizade e a importância que os verdadeiros amigos
podem ter na nossa vida. O resultado é um filme triste, melancólico, por vezes
poético e muito realista, que acaba com um momento verdadeiramente genial que
me recuso a revelar.
A dar vida a Frances temos Greta Gerwig, que escreveu o argumento
em parceria com o realizador Noah Baumbach, e que se entrega totalmente à sua
personagem e nos consegue cativar com a sua boa disposição e simpatia. A
acompanhá-la, um sólido grupo de secundários em que se destacam Mickey Sumner
como a sua melhor amiga, Michael Zegen como Benji (um amigo que, tal como ela,
ainda não encontrou o seu rumo) e Charlotte d’Amboise como a professora de
dança que a tenta chamar para a realidade. Classificação:
7 (de 1 a 10)
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