Um musical dos anos 70 com Elizabeth Taylor no papel de Desiree Armfeldt, uma
actriz muito dada a ter amantes e que teve uma filha como resultado de uma das
suas relações românticas. Frederik é um homem maduro que casou com uma rapariga
virgem e foi em tempos um dos amantes de Desiree; quando esta visita a cidade
com a sua companhia teatral, ele não resiste a visitá-la. A paixão ainda está
lá, mas o novo amante de Desiree, Carl-Magnus, não fica muito contente e tudo
se vai complicar com um fim-de-semana na casa de campo da mãe de Desiree, onde
maridos, esposas e amantes se vão confrontar face a face.
Quando fui ver esta adaptação cinematográfica de um musical da Broadway (por sua vez inspirado no filme de Ingmar Bergman "Sorrisos numa Noite de Verão") não
sabia quem era Stephen Sondheim, o compositor e letrista das canções, mas
fiquei apaixonado pela música, especialmente pela canção “Send in the Clowns”.
O filme era um bocado arrastado e Taylor podia ser perfeita para o papel, mas
cantar não era um dos seus talentos escondidos. No campo musical ela teve a
sorte de ter a companhia de Len Cariou e Laurence Guittard, ambos da produção
da Broadway. Quem ia mesmo muito bem era Diana Rigg como a esposa de Carl-Magnus
e é sempre uma delícia ver Herminone Gingold.
Infelizmente não é um grande musical, mas o guarda-roupa era muito bom e
tinha alguns apontamentos engraçados em termos de encenação como a abertura.
Muitos anos mais tarde tive o prazer de ver este musical nos palcos ingleses
com Judi Dench no papel de Desiree e adorei todos os minutos.
Se não conhecem a música (as canções foram todas escritas como valsas) aconselho
vivamente a procurarem uma das várias gravações que existem deste musical. Para
mim é uma das melhoras partituras que foram escritas para um musical.
Sabias que a canção "Send in the Clowns", escrita por Stephen Sondheim ganhou o Grammy de Melhor Canção do Ano em 1975? Competia com músicas como: "At Seventeen" de Janis Ian, "Feelings" de Morris Albert, "Rhinestone Cowboy" de Glenn Campbell e "Love will keep us together" dos Captain&Tennille. Com esta concorrência tão fraquinha, não admira que realmente tenha ganho a melhor canção desse ano.
ResponderEliminarNão é de admirar! Até com uma concorrência melhor, estou certo que ganharia. É uma canção notável, tanto em termos de melodia como de letra. Sondheim no seu melhor!
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