A História: Tish, uma jovem que vive no Harlém, fica grávida do seu amor Fonny, que está preso por um crime que não cometeu. Ela e os seus pais lutam para provar a inocência de Fonny numa sociedade branca onde, pelo simples facto de serem negros, já são culpados.
O Filme: O realizador do galardoado MOONLIGHT, Barry Jenkins, está de volta com um novo drama, que é também uma bonita história de amor. Com uma fabulosa fotografia da responsabilidade de James Laxton, o filme funciona visualmente como um poema quase trágico, em tons quentes, pontuado com a música tensa e bonita de Nicholas Britell.
Apesar do ritmo lento, Jenkins capta a nossa atenção e coloca Tish no nosso coração, ao mesmo tempo que nos dá um retrato de uma américa racista, que hoje continua praticamente igual ao que se passava nos anos 70, época em que se passa a acção.
O filme tem três sequências muito, mesmo muito, boas. O encontro entre a mãe de Tish e a mulher que acusa Fonny de a ter violado. A cena de amor entre Tish e Fonny ao som de jazz. Por último, a melhor de todas; o confronto entre a família de Tish e a família de Fonny, quando esta fica a saber que Tish está grávida.
A doce Kiki Layne e Stephan James são o casal apaixonado e o seu amor é real. Mas é Regina King que, como a mãe de Tish, rouba completamente o filme, dando-nos uma interpretação brilhante que lhe valeu ontem o merecido Óscar de Melhor Actriz Secundária.
Na minha opinião, o filme ganhava se fosse menos longo e se a mensagem política não fosse tão evidente. Mas ao mesmo tempo a beleza das imagens cativa-nos e a excelência das interpretações prende-nos ao ecrã. É já um dos bons filmes deste ano!
Classificação: 7 (de 1 a 10)
Sem comentários:
Enviar um comentário