A História: A decisão final
de publicar ou não documentos secretos sobre a guerra do Vietname e da presença
dos americanos na mesma, está nas mãos de Kay Graham. Como dona e directora do
The Washington Post, vê-se dividida entre jogar pelo seguro, seguindo os desejos
do governo, ou enfrentar este publicar, os documentos e arriscar tudo em nome
da verdade.
O Filme: O melhor filme de
Steven Spielberg dos últimos anos, é empolgante, corajoso e, com Trump no poder, não podia ser mais actual. Isto é o que eu chamo de um
filme importante, que nos faz acreditar que ainda existem pessoas capazes de
lutar pela verdade, mesmo que isso lhes destrua a vida. Sem dúvida que os anos
70 eram outra coisa; as pessoas eram menos egoístas, menos materialistas, ainda
acreditavam em qualquer coisa e estavam dispostas a lutar por isso.
O que é que eu posso
dizer sobre a única Meryl Streep que já não tenha sido dito? A verdade é que ela
é provavelmente a melhor e, principalmente, a mais versátil actriz da história
do cinema. Aqui, no papel de Kay Graham, volta a brilhar, dando-nos uma das
mais brilhantes e contidas interpretações da sua carreira. O seu olhar, a sua
expressão, diz tudo, quase que não precisa de abrir a boca. Sei que as
probabilidades de ganhar o Óscar de Melhor Actriz são remotas, mas que ela
merece, merece! A seu lado, Tom Hanks saí fora do seu registo habitual de “bonzinho/certinho”
e, com um certo ar de sacana ambicioso, vai muito bem como o editor quase sem
escrúpulos do jornal. As restantes personagens são interpretadas por um sólido
e convincente elenco, onde todos dão o seu melhor.
Poderão não gostar
do facto do filme ter muita conversa, mas esta nunca é chata e o suspense mantém-se
até ao final. Achei-o emocionante!
Classificação: 8 (de 1 a 10)
Sem comentários:
Enviar um comentário