A História: Dorothea, uma mulher a criar sozinha o seu
filho adolescente, pede às suas duas hóspedes, Julie e Abbie, que a ajudem na
educação do filho.
Os Actores: Nunca percebi porque razão é que Annette Bening
nunca conseguiu o estatuto de actrizes como Glenn Close ou mesmo Meryl Streep.
Como esta última, Bening é uma actriz versátil que capta a nossa atenção e
cujas interpretações elevam sempre o nível dos filmes em que aparece. Aqui é
excelente como uma mulher que não sabe muito bem como proceder com o seu filho
e que ao mesmo tempo sente uma enorme necessidade de viver. No papel do filho,
Lucas Jade Zumann cativa com o seu ar inocente, ingénuo e super curioso. Gostei
imenso da interpretação de Billy Crudup como um mecânico meio hippie por quem
Dorothea se sente atraída. Greta Gerwig vai bem no seu registo habitual e Elle
Fanning continua a cultivar o seu ar de falsa inocente.
O Filme: Gostei imenso do filme anterior de Mike
Mills, BEGINNERS, onde Christopher Plummer surpreende o seu filho Ewan McGregor
ao dizer-lhe que tem um cancro e um jovem amante masculino. As minhas
expectativas por este novo filme eram altas e talvez por isso tenha ficado
decepcionado. Enquanto comédia não me fez sorrir muito e enquanto drama não me
tocou emocionalmente. A premissa era boa, mas senti que a estrutura quase
episódica da acção não ajuda a criarmos uma ligação com os personagens e por
vezes parece afastar-se do assunto principal, a relação entre mãe e filho. Para
mim os melhores momentos são um jantar onde se discute a menstruação e a cena
em que Bening e Crudup dançam ao som de dois discos distintos, supostamente um
deles para “straights” e o outro para “gays”.
Classificação: 4 (de 1 a 10)
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