A História: Após o assassinato do Presidente John Kennedy,
a sua esposa Jackie esforça-se por ultrapassar o seu desgosto e choque, ao
mesmo tempo que luta para garantir que o seu marido fique para sempre na memória
do povo americano.
Os Actores: Natalie Portman é uma perfeita Jackie
Kennedy, uma mulher que disfarça a sua força usando como fachada uma
personalidade frívola e quase tonta. Sim, ela fala de uma forma estranha, mas
supostamente era assim que falava Jackie. Como o irmão de John Kennedy, Peter
Sarsgaard tem um ar desgastado e infeliz. Greta Gerwig muda finalmente de
registo como Nancy, uma empregada e amiga de Jackie. Billy Crudup é o
jornalista que quer revelar a visão de Jackie sobre os acontecimentos e, no que
jugo ter sido um dos seus últimos desempenhos, John Hurt convence como o padre
a quem Jackie se confessa.
O Filme: O ano passado, o realizador Pablo Larraín
deu-nos o fortíssimo EL CLUB e esperava mais desta sua estreia no cinema
americano. Não é que o filme seja mau, mas os acontecimentos são-nos mostrados quase
como se de um documentário se tratasse, sem grande emoção. Para mim o momento
mais interessante é já perto do final, quando ao passar por uma loja de moda,
Jackie percebe que marcou a sua época, ou melhor, o seu reinado. Como Jackie
diz e muito bem, o governo de Kennedy foi uma espécie de Camelot, um tempo de
sonhos e fantasia que durou pouco. Gostava que esta abordagem tivesse sido mais
explorada e, como apaixonado que sou por musicais, adorei ouvir a canção tema
do musical CAMELOT, pelos vistos um favorito de John Kennedy. A música de Mica
Levi é omnipresente no decorrer da acção, dando ao filme uma atmosfera lúgubre,
e o guarda-roupa de Madeline Fontaine recria na perfeição o universo de Jackie
e dos anos 60. Mas o filme é sobretudo Natalie Portman e, se bem que não acho
que ela mereça este ano o Óscar, ela está mesmo muito bem.
Classificação: 5 (de 1 a 10)
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