A História: Sebastian é um pianista de jazz, Mia é uma
aspirante a actriz. Os seus caminhos cruzam-se em Los Angeles e dos apaixonam-se,
mas os seus sonhos pessoais ameaçam o futuro da sua relação.
Os Actores: Às vezes é assim, dois actores parecem
perfeitos um para o outro e o resultado causa faíscas no ecrã. É esse o caso de
Emma Stone e Ryan Gosling; a química entre ambos é palpável e não consigo
imaginar outro par contemporâneo que pudesse estar tão bem. É verdade, as suas
qualidades enquanto cantores e bailarinos não são o seu melhor talento, mas os
números musicais fluem nas suas mãos e fazem-nos acreditar que qualquer um de
nós poderia fazer o mesmo. Stone é definitivamente melhor e mais versátil do
que Gosling, pelo que não me espantaria se este ano o Óscar de melhor actriz
fosse ter à sua mão, mas ele tem uma presença que enche o ecrã. Juntos são
explosivos!
O Filme: O filme anterior do realizador Damien
Chazelle foi o excelente WHIPLASH e estava muito curioso para ver o que ele
faria a seguir, mas não estava à espera de um musical. O que muita gente pode
não saber, é que o Musical enquanto género cinematográfico é talvez o mais difícil
de se conseguir fazer. Uma série de factores têm que estar em harmonia para nos
conseguir fazer acreditar que o que estamos a ver no ecrã pode ser real. Este
género foi, e continua a ser, o meu preferido e é sempre com receio que vou ver
um novo filme musical. Felizmente, Chazelle tem o talento que é necessário para
nos fazer acreditar nesta bonita, fantasista e realista história de amor. A sua
câmara dança com os actores e trouxe-me à memória clássicos da MGM, como por
exemplo AN AMERICAN IN PARIS ou THE BAND WAGON. O filme tem ainda uma atmosfera
anos 60 que me fez lembrar os musicais de Jacques Demy (nomeadamente o LES
DEMOISELLES DE ROCHEFORT) e a música tem uma sonoridade semelhante ao trabalho
de Michel Legrand, compositor dos musicais de Demy. Gosto muito do facto de
Chazelle não ter abandonado os famosos “finais felizes”, mas deu-lhes uma volta
brilhante sem pretensões de reinventar o género, mas mais não posso revelar.
Muitos irão dizer que Stone e Gosling estão longe de ser um novo Astaire e
Rogers (mesmo sem saberem quem estes são), mas se pensarem isso não perceberam
que o importante é viver o sonho; a grande mensagem de Chazelle é que qualquer
um de nós pode fazer um número musical, mesmo sem termos grande talento.
Visualmente cuidado e perfeito, é um filme que nos faz sonhar e que levanta a
moral. Muitos vão achar ridículo que os personagens cantem e dancem,
pessoalmente adoro isso, mas sou suspeito, pois amo de paixão o Musical! A não
perder!
La La Land - Melodia de Amor: 3*
ResponderEliminarÉ bom, mas é monótono e gostei principalmente da mensagem sobre lutarmos pelos sonhos.
Cumprimentos, Frederico Daniel.