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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O JOGO DA IMITAÇÃO (The Imitation Game) de Morten Tyldum

Na Segunda Guerra Mundial, os nazis usavam uma máquina de mensagens encriptadas de nome Enigma que deixava os Aliados às aranhas. A fim de tentarem desvendar o código da mesma, os serviços secretos reúnem um grupo de matemáticos e criptógrafos liderado por Alan Turing, um génio anti-social e homossexual.

Uma coisa que por vezes me chateia nas histórias verídicas é que já sabemos como tudo vai acabar, não havendo muito lugar ao suspense. Neste caso particular sabemos logo à partida que Alan Turing e seus colegas conseguiram desvendar os mistérios da Enigma, bem como que mais tarde Turing foi condenado pela sua homossexualidade, então ilegal face à lei.  O facto de que mesmo assim fiquei preso ao ecrã, desejoso que eles conseguissem vencer a Enigma, é prova do talento do realizador Morten Tyldum. Ele consegue tornar a história emocionante, doseia o drama com a dose certa de humor e dirige o elenco com mão de mestre. Ao contrário do que esperava, o filme é tanto sobre o descodificar da Enigma como sobre a homossexualidade de Turing e como à época a mesma lhe destruiu a vida.

No papel de Alan Turing, Benedict Cumberbatch é simplesmente fabuloso, provando uma vez mais todo o seu talento e versatilidade. O seu Turing, apesar de anti-social e arrogante, é humano e emotivo. Sem dúvida uma interpretação digna de um Óscar. O expressivo Alex Lawther também revela grande talento como o jovem Turing. Como a única personagem feminina do grupo, Keira Knightley está à altura do desafio e está no seu melhor.

Eu sei que ainda estamos em Janeiro, mas este filme é já um sério candidato à minha lista dos melhores do ano. Recomendado para quem gosta de boas histórias e de excelentes interpretações. Classificação: 8 (de 1 a 10)





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