Em Bangkok um homem viola e assassina uma jovem
prostituta e, com autorização do chefe da polícia, o pai da vítima mata o
assassino à paulada. O irmão deste pensa em vingar-se, mas quando sabe o que o
irmão fez acha que ele teve o que merecia. Entretanto a mãe de ambos chega à
cidade com uma enorme sede de vingança.
Julgo que este é um daqueles filmes que se ama ou
odeia, infelizmente encontro-me no segundo grupo. Quando vi DRIVE, do mesmo
realizador e também com Ryan Gosling, fiquei rendido ao filme e, apesar de ser
um exercício de estilo, tinha uma história interessante e um centro emocional
bastante forte. Este SÓ DEUS PERDOA é só estilo e nada mais.
Tal como em DRIVE a violência abunda, mas aqui é
tão gratuita e desprovida de emoção que me deixou completamente indiferente.
Visualmente tem algumas coisas interessantes, mas ao fim de alguns minutos
começam a cansar e confesso que tive que lutar contra o sono durante quase todo
o filme.
No papel principal Ryan Gosling limita-se a passear
com o seu ar “cool” e inexpressivo; o gajo é giro e acredito que, pela forma
como o filma, Nicolas Winding Refn deve ter uma paixoneta por ele. Como o chefe
de policia, Vithaya Pansringarm é igualmente inexpressivo, mas canta! Como a
mãe, Kristin Scott Thomas é a única coisa boa que o filme tem, mas não chega. E
já agora, alguém é capaz de me explicar porque é que andam todos tão devagar,
quase como se estivessem em câmara lenta? Acredito que isto deve ter um
significado qualquer, mas não descobri qual.
O filme fez-me lembrar o universo estranho de David Lynch,
mas falta-lhe o lado surrealista da obra desse realizador. Esperava melhor,
muito melhor, da equipa do DRIVE. Uma das grandes decepções do ano. Classificação: 1 (de 1 a 10)
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