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domingo, 28 de julho de 2013

PAIXÕES PROIBIDAS (Adore) de Anne Fontaine


Lil e Roz são amigas desde infância e inseparáveis. Cada uma delas têm um filho e estes são também grandes amigos. Um dia o filho de Lil “enrola-se” com Roz e o filho desta acaba por se enrolar com Lil. As duas aceitam a situação e aguardam o que o futuro lhes reserva.

O tema é polémico e devia provocar algum incómodo a quem está a assistir ao filme, mas não senti nada disso. O que senti foi que era tudo demasiado limpinho e bonitinho, pouco real. Resvalando por vezes para o melodramático de cordel.

Apesar do talento de Robin Wiright e Naomi Watts, elas não me convenceram como sendo amigas inseparáveis. Não senti que houvesse qualquer cumplicidade entre elas; achei-as um pouco frias e distantes. Claro que ao lado do péssimo elenco masculino, elas sobressaem desequilibrando o resultado final. É pena, mas como os filhos/amantes, Xavier Samuel e James Frecheville são desprovidos de qualquer tipo de expressão; o primeiro parece feito de plástico e o segundo um tronco com pernas. A realizadora Anne Fontaine filma-os como se tratasse de um anúncio a um produto gay e nenhum deles transmite qualquer tipo de sexualidade. Também Ben Mendelsohn, como o marido de Roz, é um desastre; as namoradas dos rapazes também não são muito melhores.

A meio do filme, o filho de Roz vai dirigir um musical que, se percebi bem, tem a ver com o compositor George Gerhswin; então porque razão é que a actriz canta, e não muito bem, uma canção que não foi escrita por Gershwin? Mas não liguem, isto é apenas uma mesquinhez minha.

A história arrasta-se sempre com a promessa que algo de emocionante ou dramático possa acontecer, mas é tudo tão insonso e desprovido de interesse que se não fossem Wright e Watts isto seria um total desastre. Classificação: 3 (de 1 a 10)





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