Lil e Roz são amigas desde infância e inseparáveis.
Cada uma delas têm um filho e estes são também grandes amigos. Um dia o filho
de Lil “enrola-se” com Roz e o filho desta acaba por se enrolar com Lil. As
duas aceitam a situação e aguardam o que o futuro lhes reserva.
O tema é polémico e devia provocar algum incómodo a
quem está a assistir ao filme, mas não senti nada disso. O que senti foi que
era tudo demasiado limpinho e bonitinho, pouco real. Resvalando por vezes para
o melodramático de cordel.
Apesar do talento de Robin Wiright e Naomi Watts,
elas não me convenceram como sendo amigas inseparáveis. Não senti que houvesse
qualquer cumplicidade entre elas; achei-as um pouco frias e distantes. Claro
que ao lado do péssimo elenco masculino, elas sobressaem desequilibrando o
resultado final. É pena, mas como os filhos/amantes, Xavier Samuel e James
Frecheville são desprovidos de qualquer tipo de expressão; o primeiro parece
feito de plástico e o segundo um tronco com pernas. A realizadora Anne Fontaine
filma-os como se tratasse de um anúncio a um produto gay e nenhum deles
transmite qualquer tipo de sexualidade. Também Ben Mendelsohn, como o marido de
Roz, é um desastre; as namoradas dos rapazes também não são muito melhores.
A meio do filme, o filho de Roz vai dirigir um
musical que, se percebi bem, tem a ver com o compositor George Gerhswin; então
porque razão é que a actriz canta, e não muito bem, uma canção que não foi
escrita por Gershwin? Mas não liguem, isto é apenas uma mesquinhez minha.
A história arrasta-se sempre com a promessa que algo de
emocionante ou dramático possa acontecer, mas é tudo tão insonso e desprovido
de interesse que se não fossem Wright e Watts isto seria um total desastre. Classificação: 3 (de 1 a 10)
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