Etiquetas

domingo, 10 de fevereiro de 2013

O MENTOR (The Master) de Paul Thomas Anderson


Freddie é um soldado regressado da guerra com o Japão, com problemas de relacionamento e uma forte adição ao álcool. Um dia, a sua vida cruza-se com a de Lancaster Dodd, o líder de uma nova seita religiosa, que acredita conseguir curar os problemas psicológicos de Freddie com os seus métodos.

Ouvi dizer que este filme se inspira no fundador da Cientologia, assunto de que pouco ou nada sei, pelo que não posso afirmar o mesmo. O que posso dizer é que a doutrina aqui em causa é mostrada como sendo ridícula, pretensiosa, mesmo estúpida, dirigida por um charlatão bem intencionado. Claro que isto podia servir de base para uma história interessante e para um filme polémico, mas não senti nada disso. O que senti foi uma grande vontade de dormir e não consegui sentir qualquer tipo de ligação com as personagens.

O filme é tão patético como as suas personagens e, durante algumas sequências, dei por mim a pensar o que é que tinha passado pela cabeça do realizador. Por exemplo, a cena em que o Mestre canta e todas as mulheres estão nuas; é ridícula e, no meu ver, gratuita. Imagino que isto pode ser uma critica mordaz ao criador da Cientologia, bem como a esse tipo de doutrinas, mas a mim passou-me ao lado.

Sinceramente, nunca fui grande fã de Joaquin Phoenix e as suas expressões exageradas, se bem que aqui estas são bem aproveitados nos seus ataques animalescos; mesmo assim não é este filme que me faz mudar de ideais. A seu lado Amy Adams é um excelente exemplo de uma interpretação contida, eficaz e de grande rigor. Também gostei de ver Philip Seymour Hoffman, um actor que nunca falha em criar empatia com o público. Mas o talento destes dois actores não foi suficiente para me fazer gostar deste drama. Classificação: 3 (de 1 a 10)


Sem comentários:

Enviar um comentário