Freddie é um soldado regressado da guerra com o Japão,
com problemas de relacionamento e uma forte adição ao álcool. Um dia, a sua
vida cruza-se com a de Lancaster Dodd, o líder de uma nova seita religiosa, que
acredita conseguir curar os problemas psicológicos de Freddie com os seus
métodos.
Ouvi dizer que este filme se inspira no fundador da
Cientologia, assunto de que pouco ou nada sei, pelo que não posso afirmar o
mesmo. O que posso dizer é que a doutrina aqui em causa é mostrada como sendo
ridícula, pretensiosa, mesmo estúpida, dirigida por um charlatão bem
intencionado. Claro que isto podia servir de base para uma história
interessante e para um filme polémico, mas não senti nada disso. O que senti
foi uma grande vontade de dormir e não consegui sentir qualquer tipo de ligação
com as personagens.
O filme é tão patético como as suas personagens e, durante
algumas sequências, dei por mim a pensar o que é que tinha passado pela cabeça
do realizador. Por exemplo, a cena em que o Mestre canta e todas as mulheres
estão nuas; é ridícula e, no meu ver, gratuita. Imagino que isto pode ser uma critica
mordaz ao criador da Cientologia, bem como a esse tipo de doutrinas, mas a mim
passou-me ao lado.
Sinceramente, nunca fui grande fã de Joaquin Phoenix e as
suas expressões exageradas, se bem que aqui estas são bem aproveitados nos seus
ataques animalescos; mesmo assim não é este filme que me faz mudar de ideais. A
seu lado Amy Adams é um excelente exemplo de uma interpretação contida, eficaz
e de grande rigor. Também gostei de ver Philip Seymour Hoffman, um actor que
nunca falha em criar empatia com o público. Mas o talento destes dois actores
não foi suficiente para me fazer gostar deste drama. Classificação: 3 (de 1 a 10)
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