Segunda Guerra Mundial. De um lado os nazis invadem a Europa, do outro o Japão controla o Pacífico, ambos são uma ameaça à paz mundial. Quando correm rumores de que os nazis estão a desenvolver uma nova bomba, os americanos chamam J. Robert Oppenheimer, um físico quântico teórico, para este dirigir um grupo de cientistas encarregues de criarem uma bomba atómica antes que os nazis o façam. A sua criação mudou para sempre o mundo e, mais tarde, Oppenheimer viu-se acusado de Comunista e revelar segredos aos Russos.
Numa altura em que o mundo está, directa ou indirectamente, a viver uma nova guerra, e em que a ameaça nuclear paira sobre todos nós, este filme não podia ser mais actual. Dirigido com mão de mestre (sim, por vezes um pouco pesada) por Christopher Nolan, é daquelas obras que nos faz pensar no que estamos dispostos a fazer para salvaguardamos o nosso bem-estar e o de todos aqueles que gostamos. Sim, os nazis e os japoneses eram os maus da fita e o uso da bomba atómica pôs um ponto final na guerra, salvando milhares de vidas, mas também destruindo outras tantas. É um conflito moral que, só mais tarde, aflige Oppenheimer, que percebe que o que criou pôs/põe em risco a vida de todos os seres vivos da Terra. Apesar de muito factual, Nolan consegue agarrar-nos durante três intensas horas e é impossível resistir à emoção da criação da bomba ou ficarmos enraivecidos com as manobras politicas de alguns personagens.
À frente do elenco, o grande Cillian Murphy tem aqui o papel da sua carreira e é um prazer vê-lo em cena. Como as mulheres da sua vida, Emily Blunt e Florence Pugh, estão óptimas, mas é um filme de homens e são estes que mais brilham. Para além de Murphy, Robert Downey Jr., longe de Iron Man, relembra-nos o talentoso actor que é e Josh Hartnett revela ser mais que um menino bonito. Um elenco de luxo dirigido na perfeição por Nolan. Um grande filme a não perder e de visão obrigatória!
Classificação: 8 (de 1 a 10)
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