O quarto filme dos seis que vi, mais ou menos seguidos, nas sessões da meia-noite do cinema Lumiar, foi também o meu primeiro “giallo”; claro que na altura não só não conhecia o termo, como não fazia a mínima do que o mesmo significava. Hoje em dia, praticamente todos sabemos que é um termo que serve para designar thrillers de mistério e terror “made in Italy”, onde há sempre jovens desnudadas, um assassino à solta e vários suspeitos.
Neste filme, uma bela loira (Barbara Bouchet) vai trabalhar como secretária para casa de um escritor (Farley Granger), mas na realidade o que ela pretende é investigar o que aconteceu à sua amiga/amante, que desapareceu sem rasto na mesmo cargo que ela agora exerce. Depressa se vê alvo da atenção sexual do escritor, bem como da sua esposa (Rosalba Neri), ao mesmo tempo que percebe que pode ser a próxima vítima do assassino.
Acho que, até então, nunca tinha visto tantas mamas num filme, mas a sua componente erótica assim “obrigava”. Quem não achou muita piada foram os meus pais que, juntamente com um casal de primos, me acompanharam nessas sessões. Mas do que me recordo melhor foi o filme me deixar os nervos em frangalhos com a sua forte componente de suspense e, claro, estava a torcer pela vida da jovem protagonista.
Não sei se o filme sobreviveu ao teste do tempo ou se será demasiado datado com o seu vibe anos 70, mas é uma sessão que recordo com saudade e tenho alguma curiosidade em revê-lo, ao mesmo tempo receio que isso possa matar esta bela memória cinéfila.
E já lá vão quatro dos seis filmes que vi. Os anteriores foram A IMAGEM DO MEDO, A ILHA DO TERROR, e O VAMPIRO NEGRO. Faltam dois.
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