Etiquetas

domingo, 8 de abril de 2018

MANIFESTO de Julian Rosefeldt

A História: Doze personagens dissertam sobre o que é a arte ou simplesmente vivem as suas vidas.

O Filme: Este filme é um objecto estranho; não tem uma história que ligue os seus personagens, nem é um documentário. Acho que posso dizer que é um filme intelectual, que de certa forma crítica esse tipo de cinema e ao mesmo tempo enaltece a arte e nos dá uma imagem realista sobre o mundo em que vivemos. Como é dito no filme, hoje em dia vive-se demasiado depressa; no fundo, andamos todos a correr para quê?
Os sketches (vou-lhes chamar assim) variam de interesse e qualidade, mas em todos eles Cate Blanchett brilha como a grande e extraordinária actriz que é, revelando aqui, de uma vez por todas, a sua espantosa versatilidade.
Para mim, os momentos altos são os da coreógrafa, o discurso do funeral, a interminável oração à refeição, a sala de aulas e o telejornal, com reportagem em directo do exterior.
Com uma escolha cuidada e perfeita de cenários urbanos desprovidos de vida, o realizador/argumentista Julien Rosefeldt consegue fazer-nos rir, pensar, provocar alguma sensação de mau estar, por vezes dar-nos um leve bocejo. Tudo isto é arte.
Talvez não seja um filme fácil, mas merece uma visita atenciosa e de mente aberta. Mais que não seja, vão ver o filme pela fantástica Blanchett.

Classificação: 6 (de 1 a 10)

Sem comentários:

Enviar um comentário