A História: A fim de evitar o
possível azar de ter 13 pessoas sentadas durante um jantar, Anne obriga uma das
suas criadas, Maria, a fazer-se passar por uma das convidadas e assim passarem
a ser 14 pessoas à mesa. Acontece que o filho do marido de Anne, diz a um dos
abastados convidados que Maria é de uma família nobre e este faz a corte a
Maria, para espanto e inveja de Anne.
O Filme: É sempre agradável
assistir a uma comédia que tem realmente graça e ao mesmo um grão de amargura. Numa
cena emblemática, Maria diz que “as pessoas gostam de finais felizes”, algo que
deixa os convidados do jantar quase chocados... na realidade eles não fazem
parte das “pessoas”, acham-se mais que elas, mas a verdade é que isso não os
faz mais felizes.
Isto é uma comédia
de enganos sobre o amor, a solidão, o desespero, a humilhação e a dignidade. Esta
última qualidade faz da personagem de Maria, uma Rossy de Palma em grande
forma, a personagem mais forte e coerente de toda a história. O seu oposto é
Anne, uma brilhante Toni Collette, talvez a personagem mais infeliz da história.
O filme pertence por direito a estas duas grandes actrizes, tudo o resto
passa-se em redor delas, incluindo os personagens. Há uma cena perto do final
que eu acho nos faz ver Anne de forma diferente, como alguém que lá no fundo
ainda tem algo de bom; sem querer revelar muito, é a cena em que Maria serve chá
a Anne e ao seu convidado.
Se gostam de uma
boa gargalhada e estão dispostos a enfrentar a realidade das diferenças de
classes, acho que vão gostar muito deste filme. Eu gostei!
Classificação: 7 (de 1 a 10)
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