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domingo, 21 de janeiro de 2018

MUDBOUND - AS LAMAS DO MISSISSÍPI (Mudbound) de Dee Rees

A História: Final da Segunda Guerra Mundial. Dois soldados americanos, um branco e um negro, regressam às suas famílias no Mississipi. Ai tentam adaptar-se à vida rural e são obrigados a lidar com o racismo violento que se vive e respira no Mississipi.

O Filme: A realizadora/argumentista Dee Rees dá-nos um filme sujo como as lamas do Mississípi e as almas racistas da maioria dos seus personagens brancos. O filme custa um bocado a arrancar e achei-o demasiado longo, mas a hora final é muito boa e forte.
Pessoalmente, nunca percebi a razão de ser do ódio visceral que muitos americanos brancos tinham, e infelizmente ainda têm, pelos negros. Este tipo de coisas revolta-me e faz-me sentir envergonhado por pertencer à raça humana; não imaginam a vontade que me deu de dar “porrada” ao grupo de racistas que habitam este filme.
Para além da história do racismo, há também um drama familiar entre irmãos, pai e cunhada, mas este nunca é a razão de ser deste filme.
Nos papéis principais, Garrett Hedlund, um actor de que gosto muito, e Jason Mitchell são excelentes como os soldados regressados. Carey Mulligan e Mary J. Blige convencem nos seus papéis de forma discreta e muito natural. Uma última palavra para Jonathan Banks que é verdadeiramente odioso no papel de Pappy.
Sem querer revelar muito, a cena do Ku Klux Kan é crua, forte e violenta, a sua visão não aconselhável a pessoas muito sensíveis. É bom que o cinema nos continue a lembrar das atrocidades cometidas por nós, humanos. Pode ser que as novas gerações aprendam alguma coisa e alterem o futuro próximo.

Classificação: 6 (de 1 a 10)




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