A História: Final da Segunda
Guerra Mundial. Dois soldados americanos, um branco e um negro, regressam às
suas famílias no Mississipi. Ai tentam adaptar-se à vida rural e são obrigados
a lidar com o racismo violento que se vive e respira no Mississipi.
O Filme: A realizadora/argumentista
Dee Rees dá-nos um filme sujo como as lamas do Mississípi e as almas racistas
da maioria dos seus personagens brancos. O filme custa um bocado a arrancar e
achei-o demasiado longo, mas a hora final é muito boa e forte.
Pessoalmente,
nunca percebi a razão de ser do ódio visceral que muitos americanos brancos tinham,
e infelizmente ainda têm, pelos negros. Este tipo de coisas revolta-me e faz-me
sentir envergonhado por pertencer à raça humana; não imaginam a vontade que me
deu de dar “porrada” ao grupo de racistas que habitam este filme.
Para além da história
do racismo, há também um drama familiar entre irmãos, pai e cunhada, mas este
nunca é a razão de ser deste filme.
Nos papéis
principais, Garrett Hedlund, um actor de que gosto muito, e Jason Mitchell são
excelentes como os soldados regressados. Carey Mulligan e Mary J. Blige
convencem nos seus papéis de forma discreta e muito natural. Uma última palavra
para Jonathan Banks que é verdadeiramente odioso no papel de Pappy.
Sem querer revelar
muito, a cena do Ku Klux Kan é crua, forte e violenta, a sua visão não aconselhável
a pessoas muito sensíveis. É bom que o cinema nos continue a lembrar das
atrocidades cometidas por nós, humanos. Pode ser que as novas gerações aprendam
alguma coisa e alterem o futuro próximo.
Classificação: 6 (de 1 a 10)
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