A História: Coney Island,
anos 50. Ginny é casada com Humpty, a quem não ama; um dia conhece Mickey e envolve-se
romanticamente com ele. Quando a filha de Humpty, Carolina, reaparece na vida
deles, as coisas complicam-se, pois Mickey apaixona-se por esta, para infelicidade
de Ginny.
O Filme: Com um espantoso
e nostálgico trabalho fotográfico de Vittorio Storaro, Woody Allen leva-nos até
à Coney Island dos anos 50, onde nos conta uma história que trás à memória o
cinema dos anos 40/50.
Longe das suas
habituais comédias, Allen inspira-se nos melodramas da época e dá-nos um filme
daqueles que raramente se fazem hoje em dia. Filmado em tons quentes com uma
natural teatralidade, o filme vive do trabalho dos actores e da sua história.
O elenco é
excelente, mas o destaque vai para a Kate Winslet, que tem aqui talvez a melhor
interpretação da sua carreira. A sua personagem, a fazer lembrar as divas do
antigamente, é “maior que a vida” e ela tira o maior proveito disso. Sente-se o
gozo que ela deve ter tido ao dar vida a Ginny e respira a personagem por todos
os seus poros. Ela é simplesmente magnífica e merece o Óscar de Melhor Actriz
do ano.
No papel de
Carolina, June Temple é graciosa e cheia de vida. Jim Belushi revela ser melhor
actor do que aquilo que eu me lembrava e Justin Timberlake convence como o
romântico e meio parvalhão Mickey.
Gostei deste
regresso ao passado, a uma altura em que os filmes de Hollywood se importavam
com os argumentos e com os actores, em vez de efeitos especiais e intermináveis
sequências de acção. Para os amantes do cinema clássico americano.
Classificação: 7 (de 1 a 10)
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