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domingo, 19 de novembro de 2017

VIVE (Breathe) de Andy Serkis

A História: Quando, nos anos 50, Robin Cavendish é diagnosticado com poliomielite a sua vontade é desistir da vida. Cabe à sua esposa Diana conseguir convencê-lo a continuar a respirar (daí o título original do filme) e a manter-se vivo, custe o que custar, mesmo indo contra os conselhos dos médicos.

O Filme: Quem diria que Andy Serkis, um actor mais conhecido por dar vida a personagens CGI como Gollum do LORD OF THE RINGS ou Caesar da saga PLANET OF THE APES, se viria a revelar um realizador sensível. Acredito que, nas mãos de outra pessoa, este drama baseado numa história verídica poderia ter-se tornado numa lamechice pegada. Felizmente não é esse o caso. A história é, na realidade, dramática e há momentos a puxar a lágrima, mas o personagem de Robin nunca é tratado como um desgraçado infeliz e isso faz toda a diferença. É de louvar o optimismo e o humor com que toda a situação é encarada, tornando-a muito mais real e muito mais próxima de nós.

Claro que para que tudo isto funcione como deve ser, é preciso bons actores e nisso Serkis foi um sortudo. Apesar de ter sempre achado o actor Andrew Grafield um pouco irritante, a verdade é que é um jovem talentoso, dando-nos aqui uma interpretação que o poderá levar aos Óscares. Como a sua esposa, Claire Foy dá-nos uma personagem forte e decidida, nunca perdendo a sua feminilidade. No papel dos gémeos, Tom Hollander é divertido, pateta e emotivo.

Este é um daqueles filmes que imagino perfeitamente na corrida aos próximos Óscares. A Academia de Hollywood sempre gostou destas histórias e esta é feita com emoção e humor.

Classificação: 7 (de 1 a 10)



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