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quarta-feira, 8 de março de 2017

UM REINO UNIDO (A United Kingdom) de Amma Asante

A História: Londres, finais da década de 40. Seretse, herdeiro da coroa de Botswana, apaixona-se por uma mulher inglesa e branca. Contra tudo e todos decidem casar, provocando escândalo e fricção no meio politico.

Os Actores: Quando vi David Oyelowo como Martin Luther King em SELMA, não o achei tão bom como diziam. Mas neste novo filme, ele conquistou-me com a força, emoção e paixão que dá à sua personagem. A bonita Rosamund Pike (a cabra de GONE GIRL) revela uma faceta sua que desconhecia; saindo do seu habitual registo contido e “frio”, ela solta-se, vivendo a sua personagem com alegria, amor e coragem. Alfred Hitchcock ia adorar trabalhar com esta talentosa loira! Entre ela e Oyelowo há uma química imediata que nos faz acreditar que são feitos um para o outro.
Terry Pheto dá dignidade e beleza à personagem da irmã do futuro rei. Tom Felton e Jack Davenport, mais suas respectivas esposas Charlotte Hope e Jessica Oyelowo, convencem como os empertigados e irritantes “maus da fita”, a quem só apetece dar com um pano encharcado nas “trombas”.

O Filme: A minha cultura geral não é muito grande, por isso perdoem-me por não conhecer a história verídica que serve de base a este emocionante drama. Na verdade, se não fosse o cinema, haveria muitas histórias que iriam ficar eternamente no meu desconhecimento. O presente filme é daqueles que me faz acreditar nas qualidades da raça humana, apesar de também nos mostrar o lado menos bom da mesma. A realizadora Amma Asante consegue a proeza de misturar uma bonita e corajosa história de amor com jogos políticos e questões raciais, nunca perdendo o essencial do filme, a paixão que une o casal. Asante dirige de forma simples, sem grandes floridos, mas com grande carinho e admiração pelas suas personagens. Enquanto espectador senti uma empatia imediata com os protagonistas e gostei de viver as suas alegrias, medos, paixões e lutas. Para mim, é uma das boas surpresas deste ano cinematográfico; preparem-se para sorrir, para se irritarem, para viverem a paixão e, talvez, uma ocasional lágrima ao canto do olho. Sabe bem saber que histórias destas são uma realidade; ainda não está tudo perdido para a raça humana.

Classificação: 7 (de 1 a 10)







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