A História: Saroo, é um miúdo indiano que se perde do seu
irmão e vai parar às ruas de Calcutá. Aí, após várias peripécias, acaba por ser
adoptado por um casal Australiano. Anos mais tarde, já um homem, Saroo decide
procurar a sua família verdadeira.
Os Actores: No papel do pequeno Saroo, Sunny Pawar revela-se
um actor convincente, que provavelmente até pode ter vivido algumas das
situações do seu personagem. Como o adulto Saroo, Dev Patel dá-nos outra boa
interpretação e, desculpem lá, está cada vez mais giro e sexy. Como a sua mãe
adoptiva, Nicole Kidman dá-nos o tipo de interpretação que a academia de
Hollywood tanto gosta. Quanto a Rooney Mara, como a namorada de Saroo, vai bem,
mas achei que tanto podia ser ela como qualquer outra actriz.
O Filme: Baseado numa história verídica, este é o tipo
de filme feito a pensar nos Óscares. Uma bonita história humana, filmada em
estilo clássico, que levanta levemente o véu sobre o que acontece às crianças
perdidas de Calcutá, interpretações dignas, um bocado de lamechice e uma ou
duas cenas muito emocionais. Como já devem ter percebido, não fiquei muito
convencido com o filme. Acho que o resultado teria sido melhor se o realizador
Garth Davis começasse o filme já com o Saroo em adulto e o resto íamos vendo em
flashbacks; perde-se demasiado tempo com as aventuras do pequeno Saroo e, na
última meia-hora, resolve-se uma série de questões rapidamente, quase não dando
tempo a Dev Patel de criar o seu personagem. Há mesmo uma coisa importante, que
só se sabe lendo as legendas finais do filme; não faz sentido. Para mim a
melhor cena, é quando Saroo telefona, já quase no fim, à sua mãe adoptiva; esse
é um momento chave. Podíamos estar perante um excelente filme dramático, a
história prestava-se a isso, mas a abordagem não me prendeu ao ecrã e aos
personagens.
Classificação: 4 (de 1 a 10)
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