A História: O dia a dia de um pequeno grupo de
prostitutas que ganham a vida nas festas e hotéis de Marraquexe e tentam
sobreviver numa sociedade que as condena, mas que também as explora.
Os Actores: De acordo com o IMDB, parece que
nenhuma das quatro actrizes principais tem qualquer tipo de experiência no
cinema, mas ninguém o diria. Qualquer uma delas vive a sua personagem com emoção,
humor e uma grande vontade de viver. No papel de Noha, a mais velha e experiente
do grupo, Loubna Abidar tem uma presença forte e qualidades para se tornar uma
estrela de cinema.
O Filme: De Marrocos, chega-nos este drama
corajoso que nos mostra a realidade da mais velha profissão do mundo num país
onde a hipocrisia é parte integrante da sociedade (será muito diferente por
cá?). As prostitutas são vistas como um mal necessário, escorraçadas pelas
famílias que ajudam a viver e obrigadas a sujeitarem-se a todo o tipo de degradação
imaginado pelos seus clientes ricos, na maioria de origem estrangeira. Mas mais
do que isso, o filme é sobre o laço que estas mulheres criam entre si e a forma
carinhosa com que constroem uma nova família. O realizador Nabil Ayouch evita
habilmente moralizar o seu filme, bem como a lamechice a que a história se
prestava e consegue também chocar mas de não de forma gratuita. Pessoalmente,
achei-o um pouco longo (as cenas das festas e das discotecas podiam ser mais
curtas), mas nunca se torna aborrecido e é um retrato humano de um tipo de vida
que a maioria de nós desconhece.
Classificação: 6 (de 1 a
10)
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