A História: Os últimos anos de vida do pintor britânico Turner, a sua relação com Mrs.
Booth, os seus conflitos com a Academia de Belas Artes, o seu sucesso como
artista e o descrédito da sua obra.
O Filme: Se, como eu,
forem ver o filme à espera de ficar a conhecer o que motivou Turner a tornar-se
pintor, o porquê do seu fascínio com o mar e as tempestades, desenganem-se.
Mike Leigh dá-nos o retrato realista de um homem rude e descontente, que
encontra alguma paz na companhia de Mrs. Booth. Em termos emocionais não há
muito por aqui e em lado nenhum se vislumbra a paixão que transparece nos
quadros de Turner. Com um ritmo um pouco lento, tem felizmente um sentido de
humor que impede o filme de se tornar chato.
Melhor Cena: O momento em que Turner, no meio de uma exposição, pinta uma bóia vermelha
no seu quadro e a sequência em que ele é fotografado.
Os Actores: Parece que toda a crítica está apaixonada pela interpretação de Timothy
Spall como Turner e ele é na realidade notável, mas a verdade é que não sai do
seu registo habitual. A seu lado duas actrizes, Dorothy Atkinson e Marion
Bailey dão-nos duas excelentes interpretações, a primeira como a simpática e
carinhosa Mrs. Booth e a segunda como a estranha governante de Turner.
Classificação: 4 (de 1 a 10)
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