A História: Da tenra idade dos 5 anos até completar 18,
seguimos momentos da vida de Mason. As relações falhadas da mãe, a
irresponsabilidade bem disposta do pai, as atitudes irritantes da irmã, a
descoberta do amor, as questões existencialistas e a falta de um objectivo.
O Filme: Toda a gente anda a falar deste filme pelo facto do
seu realizador, Richard Linklater, o ter filmado durante 12 anos, acompanhando
assim o crescimento e envelhecimento natural dos seus personagens. Será que
isso só por si faz um bom filme? Claro que não, mas a verdade é que estamos
perante uma história bem estruturada, com diálogos muito bem construídos e
feita com o equilíbrio certo entre o drama e o humor. Em termos artísticos, não
tem nada que o distinga especialmente doutros filmes do género, nem de original
na abordagem da história. Mas segue-se com interesse e, apesar da sua longa
duração, não se dá pelo tempo passar. Para além de uma história pessoal, é
também um retrato de uma América feita de contrastes (a família religiosa e a
sua tradição com armas de fogo é um bom exemplo).
Melhor Cena: Mason chega a casa durante uma festa da sua mãe e
esta confronta-o com o facto de ele ter estado a beber e a fumar charros. A
relação entre os dois é verdadeira e o humor que ambos partilham uma verdadeira
delícia.
Os Actores: A revelação do filme é o jovem Ellar Coltrane, que
cresceu como o personagem e, no processo, tornou-se um actor credível. Mas nos
papéis dos seus pais, Patricia Arquette e Ethan Hawke têm talvez as melhores
interpretações da sua vida e roubam todas as cenas em que aparecem, com uma
naturalidade incrível e um à vontade de fazer inveja a muita gente. Já Lorelei
Linklater (filha do realizador) não me convenceu com a irmã irritante de Mason,
se bem que gostei dela na cena em que o pai lhe fala de sexo.
Classificação: 7 (de 1 a
10)
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