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domingo, 17 de novembro de 2013

O QUINTO PODER (The Fifth Estate) de Bill Condon

Julian Assange cria o website Wikileaks com o fim de tornar públicos documentos e segredos de governos, bancos, organizações mundiais, etc. Apesar do seu enorme ego e agenda pessoal, percebe que não consegue fazer tudo sozinho e convence Daniel Berg a ajudá-lo. Quando, anos mais tarde, Julian decide revelar documentos altamente secretos sem se preocupar com a vida das pessoas neles identificados, Daniel opõe-se e as coisas azedam.

A história que levou ao escândalo do Wikileaks é sem dúvida interessante, mas o realizador Bill Condon dirige com mão arrastada e o filme torna-se chato, principalmente na primeira hora, em que tive que combater o sono. O assunto prestava-se a algo emocionante, mas Condon preferiu seguir um estilo quase documental mas não parcial. Julian Assange é-nos aqui mostrado como uma pessoa irresponsável, manipuladora, egocêntrica e egoísta; acredito que pode haver outra visão desta personagem. Na realidade, em vez de um filme sobre o Wikileaks, acho que um filme sobre a vida de Assange poderá ser muito mais interessante.

Como Assange, temos um excelente Benedict Cumbertach, que não me admiraria de ver na corrida ao Óscar para Melhor Actor. A seu lado, um elenco de caras conhecidas dá vida às restantes personagens, onde se destaca Laura Linney como a Secretária de Estado.


No final do filme é triste constatar que, apesar de ter causado dano a algumas organizações e governos, as revelações do Wikileaks não provocaram mudanças de politicas e que infelizmente continua tudo na mesma. Houve algumas cabeças que “rolaram”, mas foram substituídas por outras iguais. O sonho de Assange não passa de mais uma utopia num mundo cada vez mais governado pelo dinheiro e por pessoas sem escrúpulos. Classificação: 4 (de 1 a 10)





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