Julian Assange cria o website Wikileaks com o fim
de tornar públicos documentos e segredos de governos, bancos, organizações
mundiais, etc. Apesar do seu enorme ego e agenda pessoal, percebe que não
consegue fazer tudo sozinho e convence Daniel Berg a ajudá-lo. Quando, anos
mais tarde, Julian decide revelar documentos altamente secretos sem se
preocupar com a vida das pessoas neles identificados, Daniel opõe-se e as
coisas azedam.
A história que levou ao escândalo do Wikileaks é
sem dúvida interessante, mas o realizador Bill Condon dirige com mão arrastada
e o filme torna-se chato, principalmente na primeira hora, em que tive que
combater o sono. O assunto prestava-se a algo emocionante, mas Condon preferiu
seguir um estilo quase documental mas não parcial. Julian Assange é-nos aqui
mostrado como uma pessoa irresponsável, manipuladora, egocêntrica e egoísta;
acredito que pode haver outra visão desta personagem. Na realidade, em vez de
um filme sobre o Wikileaks, acho que um filme sobre a vida de Assange poderá
ser muito mais interessante.
Como Assange, temos um excelente Benedict
Cumbertach, que não me admiraria de ver na corrida ao Óscar para Melhor Actor.
A seu lado, um elenco de caras conhecidas dá vida às restantes personagens,
onde se destaca Laura Linney como a Secretária de Estado.
No final do filme é triste constatar que, apesar de ter
causado dano a algumas organizações e governos, as revelações do Wikileaks não
provocaram mudanças de politicas e que infelizmente continua tudo na mesma.
Houve algumas cabeças que “rolaram”, mas foram substituídas por outras iguais.
O sonho de Assange não passa de mais uma utopia num mundo cada vez mais
governado pelo dinheiro e por pessoas sem escrúpulos. Classificação: 4 (de 1 a 10)
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