Um dia na vida do Sr. Óscar, um homem que habita várias
personagens e vive várias existências, tudo no prazo de 24 horas.
Para mim este é o filme mais estranho que vi este ano, ou
melhor nos últimos anos. Nunca tinha visto nada deste realizador e não sei se
este universo habitado pelo espírito de David Lynch é habitual no seu cinema,
mas tenho que confessar que não percebi o filme. Posso vê-lo numa perspectiva
surrealista fantasiosa, mas isso não me ajuda muito. Presumo que o filme
pretende ser uma critica à nossa sociedade, onde as nossas vidas são na
realidade desempenhadas por actores, que desconhecem o destino final das suas
personagens. Mas não fiquei convencido com carros que falam, monstros que comem
flores, assassinos que não morrem, famílias símias e outras coisas.
O actor Denis Lavant mostra uma grande versatilidade como
o Sr. Óscar, ajudado por um excelente trabalho de maquilhagem. Edith Scob é a
enigmática motorista e Kyle Minogue uma boa surpresa como uma colega do Sr.
Óscar; ela até canta uma estranha e assombrada canção. Mas mesmo com este bom
elenco, achei o filme muito aborrecido, moralista e pretensioso. Decididamente
este não é o meu tipo de filmes. Classificação:
2 (de 1 a 10)
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