Sal é um jovem escritor que um dia conhece Dean. Este é
uma força da natureza, irresistível e sem moral, que muda a existência de Sal.
Sozinho ou na sua companhia, Sal vive diversas aventuras “pela estrada fora”,
cruzando-se com diversos personagens e percebendo quem na realidade é Dean.
Não conheço a obra de Jack Kerouac, mas sempre ouvi dizer
que ele foi o fundador de um movimento que ficou conhecido pela “Beat
Generation”, que consistia num grupo de escritores que se tornaram famosos nos
anos 50. Este grupo era contra as regras instituídas pela sociedade e assim a
droga, alternativas sexuais, inovações na forma de escrever e um estilo de vida
sem destino faziam parte da sua vivência. O presente filme retrata tudo isto
visto pelos olhos de Sal, sem dúvida um personagem auto-biográfico.
Apesar do excelente elenco, não senti empatia pelas
personagens, o que me levou a distanciar-me da acção e a não sentir qualquer
tipo de ligação emocional com o que se passa no ecrã. Achei que o filme custa a
arrancar e que por vezes se arrasta, como se o caminho pela estrada fora fosse
lento e aborrecido. Mas não deixa de ser um relato interessante de uma vivência
diferente da minha, que não deixa de ter os seus atractivos.
Voltando ao elenco Sam Riley é convincente como Sal, o
jovem que absorve todas as experiências que vive. Kristen Stewart, de quem não
gosto nada, tem aqui o seu melhor papel, como a namorada ninfo-maníaca de Dean;
mesmo com o seu habitual ar de sonsa, ela parece uma cadela com cio. Num curto
papel, Amy Adams prova ser uma actriz de grande talento. Mas todos estes, e as
outras caras conhecidas que povoam este filme, são eclipsados pela forte
presença de Garrett Hedlund como Dean. Este jovem actor é simplesmente
irresistível, sexy, louco, interessante e percebe-se perfeitamente que ninguém
consiga resistir aos seus encantos. Ele tem tudo para se tornar numa brilhante
futura estrela de cinema. Classificação:
5 (de 1 a 10)
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