Jay é um assassino contratado no desemprego, que tem discussões constantes com a sua esposa. Um amigo e colega convida-o para uma nova missão, abater três pessoas que constam de uma lista fornecida pelo cliente. O que começa como um simples trabalho, acaba por ter consequências dramáticas para todos os envolvidos.
Imaginem um drama social do Mike Leigh, misturado com um thriller violento à la Tarantino e uma boa dose de terror oculto (o original THE WICKER MAN vem à memoria), e têm este filme. Tudo começa como um simples retrato de um casal em crise, filmado quase em estilo amador, segue-se um violento thriller (o realizador não foge do gore) com diálogos divertidos e nos últimos minutos estamos no terreno do terror puro e irracional.
O melhor do filme é mesmo a parte do terror. O realizador consegue criar uma atmosfera pesada e claustrofóbica que inclui uma eficaz e arrepiante perseguição num túnel de pedra. A forma quase casual e crua com que tudo é filmado, fugindo aos planos bonitos, ajuda a criar uma sensação de mal estar, deixando-nos a sensação de que algo de peganhento se colou a nós (a fazer lembrar a obra de Lúcio Fulci).
O convincente e adulto elenco é uma excelente alternativa aos teenagers em perigo, que faz já uns anos dominam o cinema de terror. Não é uma obra-prima, mas é aconselhável a quem gosta de emoções forte e não se importe de se sentir emocionalmente incomodado. Classificação: 6 (de 1 a 10)
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