Irlanda, finais século 19. Albert é uma mulher que se disfarça de homem, a fim de poder trabalhar como mordomo num hotel. Um dia conhece um pintor (de paredes, não um artista) que lhe abre as portas para novas possibilidades de vida.
Este filme tem uma boa história para contar e o elenco certo para lhe dar vida, mas o resultado é desequilibrado. Para mim o problema é que Albert Nobbs é o personagem menos interessante do filme; patético e contido, não consegui sentir nenhuma empatia por ele. Por outro lado, o pintor Page é uma personagem riquíssima que merecia ser o coração do filme e, curiosamente acaba mesmo por ser.
O realizador Rodrigo Garcia capta bem o espírito snob da alta sociedade da época e as diferenças entre estes e a classe trabalhadora, mas não consegue estar ao nível de um DOWNTON ABBEY.
Glenn Close dá-nos uma excelente interpretação, mas como Page, Janet McTeer rouba todas as cenas em que aparece; esta actriz é simplesmente espantosa e merecia o Óscar para melhor actriz secundária. Quanto ao restante elenco, Pauline Collins é óptima como a dona do hotel, Mia Wasikowski é convincente como a ingénua criada e Aaron Johnson (lembram-se dele como Kick-Ass?) é um irresistível e perigoso sedutor. Classificação: 4 (de 1 a 10)
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