Mississípi anos 60 – Uma jovem branca que quer ser jornalista, decide escrever um livro sobre a vida das serviçais negras da região, mas visto pelo lado das mesmas. A princípio, tem dificuldades em encontrar serviçais dispostas a colaborar, pois estas têm medo de o fazer, mas quando Aibileen avança, outras se seguem. Entretanto, a jovem tem que lidar com a arrogância racista das suas amigas brancas, ao mesmo tempo que uma improvável amizade é criada entre uma serviçal, Minny, e a sua nova patroa branca, Celia.
Há filmes assim, simples e humanos, que conseguem captar o nosso coração e levar-nos numa enriquecedora viagem emocional. O realizador Tate Taylor (este é o seu segundo filme) consegue fugir à lamechice e moralidade usual deste tipo de filmes, contrapondo o dramatismo das situações com um eficaz e nada forçado sentido de humor. Percebe-se que ele está enamorado das suas personagens (das boas e das más) e dá-nos um retrato realista de uma época conturbada na luta dos direitos humanos por parte dos negros, numa América racista.
A dar vida a este espantoso grupo de mulheres, está um dos melhores elencos femininos do ano. Como a jovem jornalista, a bonita Emma Stone comprova ser uma aposta segura de Hollywood, a seu lado, Bryce Dallas Howard está no seu melhor como Hilly, uma cabra odiosa e arrogante que é a má da fita. Do lado das serviçais, Viola Davis é espantosa como Aibileen e Octavia Spencer, como a sua amiga Minny, é simplesmente deliciosa. Uma última palavra para Jessica Chastain, a actriz de THE TREE OF LIFE, que como Célia se revela uma actriz versátil e quase rouba o filme às outras. Também há gajos, e alguns giros, mas não têm grande importância para a história.
Este é um dos melhores filmes que vi este ano e que julgo irá estar na corrida dos Óscares. Se, tal como eu, não se importam de partilhar uma lágrima ou duas no escuro do cinema, este filme é para vocês. Classificação: 8 (de 1 a 10)
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