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sábado, 18 de março de 2023

OSCARS 2023

Como é meu costume, aqui vêm os meus breves comentários à entrega dos Oscars deste ano. Uma cerimónia que decorreu sem chapadas nem qualquer outro tipo de incidente.

Para mim este foi o ano em que a Academia decidiu ser praticamente totalmente politicamente correcta, que é uma coisa que me chateia. Não é que os vencedores não merecessem, mas seriam mesmo os melhores entre os candidatos? Não tenho nada a apontar à escolha de Brendan Fraser - era o meu favorito para Melhor Actor - e Jamie Lee Curtis, a minha preferida para Actriz Secundária, se bem que estava dividido entre ela e Kerry Condon. Na categoria de Actor Secundário, por muito que goste de Ke Huy Quan (lembram-se dele ser o puto do segundo filme do Indiana Jones?), preferia que tivesse vencido Barry Keoghan. Quanto ao prémio de Melhor Actriz, não me surpreendeu a vitória de Michelle Yeoh, que assim fez história como a primeira actriz asiática a conseguir esse prémio, mas o meu coração estava com a fabulosa Cate Blanchett em TÁR, a quem Yeoh não consegue fazer sombra... mas o politicamente correcto tem muita força e quem ficou a perder foi Blanchett.

Quem diria que TUDO EM TODO O LADO AO MESMO TEMPO, que estreou calmamente por cá em Abril, iria ser o grande vencedor dos Óscars. É talvez o filme mais estranho que alguma vez ganhou o prémio para Melhor Filme e é bonito ver a Academia a tentar mostrar ter uma mente aberta, mas não era de longe o melhor dos nomeados. Filmes como TRIÂNGULO DA TRISTEZA, OS ESPÍRITOS DE INISHERIN, OS FABELMANS e mesmo TOP GUN: MAVERICK, mereciam mais o prémio.

Numa altura em que se vive uma guerra, que por muitos parece estar esquecida, não me surpreenderam os prémios dados a A OESTE NADE NOVO, um forte e realista exemplo em como na guerra todos perdemos e, sem dúvida, um dos melhores filmes anti-guerra que tenho visto. E claro que o PINÓQUIO DE GUILLERMO DEL TORO tinha que, e merecia, ganhar o Óscar para Melhor Filme de Animação.

Quanto à cerimónia, tirando os discursos emotivos dos vencedores, principalmente de Jamie Lee Curtis, Ke Huy Quan e Brendan Fraser, e o divertido número musical “Naatu Naatu”, o resto foi um bocado para o aborrecido e detestei os comentadores nacionais, Mário Augusto e a sua convidada, que adoraram falar por cima dos discursos e nem nos deixaram ouvir o final da apresentação de Jimmy Kimmel, tão ansiosos que estavam em tecer os seus próprios comentários. Por falar em comentários, Mário Augusto a Jamie Lee Curtis é filha de Janet Leigh e não de Vivien Leigh.

Bem, para o ano há mais e, tal como este ano, não irei ficar acordado toda a noite para assistir em directo (já lá vão os tempos em que o fazia), logo vejo no dia a seguir, usando o botão “fast forward” sempre que for necessário.


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