Charlie é um professor universitário que sofre de obesidade mórbida vivendo isolado no seu apartamento, onde é visitado diariamente por uma amiga enfermeira. Ao sentir que a sua vida está perto do fim, decide tentar criar uma ligação com a sua filha adolescente, que não vê há anos.
Este filme tem sido alvo de muita atenção pelo facto de marcar o regresso do actor Brendan Fraser às luzes da ribalta e que regresso! Conhecido por ser o George of the Jungle e, principalmente, pelos divertidos filmes da Múmia, ele já tinha dado provas do seu talento como actor dramático em GODS & MONSTERS e CRASH, mas aqui, debaixo de muita maquilhagem, surpreende revelando-se um actor capaz de transmitir várias emoções de forma simples e realista. Não sei se ele vai ganhar o Óscar para Melhor Actor, mas não tenho dúvidas que o merece!
Quanto ao filme, baseado numa peça teatral, é um relato humano e comovente, que nos chama a atenção para dois assuntos graves. O primeiro e mais óbvio, o problema grave da obesidade e de como é difícil lidar com a mesma, entre a vergonha, o preconceito alheio, a falta de autoestima e força de vontade para lutar contra a mesma. O segundo assunto; o peso que a religião tem na vida das pessoas com o seu fanatismo e hipocrisia. O problema não é acreditar em Deus, mas sim as doutrinas das religiões.
O realizador Darren Aronofsky consegue dar dinâmica a um cenário único e evitar a lamechice a que a história se presta. Dirigindo o seu elenco com amor e carinho, prova uma vez mais ser um excelente diretor de actores, conseguindo que todos deêm o seu melhor. Não é um filme fácil, mas merece a nossa atenção.
Classificação: 8 (de 1 a 10)
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