Toller, cujo filho morreu na guerra, é o padre de uma pequena consagração, mas a sua fé já teve melhores dias. Quando um activista ecológico se suicida antes de um encontro com ele, Toller começa a achar que está na altura de fazer algo para preservar a obra de Deus, mais propriamente o planeta Terra.
Por uma vez o título português faz mais sentido que o original. Não há dúvida que os Estados Unidos estão a viver uma época muito negra e o retrato sombrio e austero que Paul Schrader nos dá aqui é um perturbador exemplo disso. Em ritmo lento (confesso que dormi nos primeiros minutos), a história vai desenrolando-se num crescendo que nos vai deixando cada vez mais incómodos, principalmente porque damos por nós a torcer sem remorsos por um possível acto terrorista. Ethan Hawke tem aqui o melhor desempenho da sua carreira, um bom homem torturado e perdido. Um aviso aos mais sensíveis, para o final as coisas tornam-se bastante intensas e o filme deixa-nos com uma pesada sensação de mau estar. O mundo está a desmoronar-se à nossa volta e sentimo-nos praticamente impotentes para reverter esse facto.
Classificação: 7 (de 1 a 10)
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