A História: Após a morte
suspeita de um multimilionário, o jovem detective Charles Hayward é contratado
pela neta do falecido, com quem teve um caso no passado, para investigar o
assunto. Uma vez na mansão da família, ele depara-se com vários personagens,
todos eles com boas razões para assassinarem o velho senhor.
O Filme: Parece que Agatha
Christie está de novo na moda e ainda bem, pois adoro “whodunits”. Também
sempre tive um fraquinho por mansões e a deste filme é enorme, mas não é
assombrada. É habitada por um excêntrico grupo de personagens, de língua afiada
e com um espírito muito retorcido. Do mais pequeno ao mais velho, nenhum se
aproveita. Todos viviam subjugados à vontade do velho multimilionário, mas
mesmo assim conseguiram dar personalidade à parte da mansão onde vivem, que é
um dos aspectos mais interessantes do filme.
Infelizmente, o
detective Charles Hayward é um personagem desinteressante (apesar de Max Irons
lhe dar credibilidade e simpatia), o que desequilibra o filme. Não sei como é o
personagem na novela de Agatha Christie, mas acredito que ela se tenha
divertido muito mais a criar os familiares/suspeitos que vivem nesta casa
“torta”. A melhor cena do filme é um hilariante jantar de família, que adorava
que tivesse durado mais tempo e onde todo o elenco está no seu melhor.
Entre os
familiares estão a sempre “maior que a vida” Glenn Close (se for ela a
assassina é demasiado óbvio, não concordam?), uma sensual Christina Hendricks, uma
divinal e surpreendente Gillian Anderson, uma perfeita “femme fatale” na pessoa
de Stefania Martini, uma super-esperta Honor Kneafsey, um arrogante Julian
Sands, um mimado Christian McKay, uma forte Amanda Abbington e um rebelde
Preston Nyman.
O trabalho de
fotografia fez-me lembrar o “film noir” e, apesar de ter desconfiado da identidade
do assassino ou assassina a meio do filme, nunca perdi o interesse. É uma pena
que o detective não seja mais cativante e que por vezes a acção se arraste um
pouco, mas é um thriller requintado, com humor, mistério e apreciei o
final... é retorcido como eu gosto.
Classificação: 6 (de 1 a 10)
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