A História: Kumail é um paquistanês que emigrou
com a sua família para os Estados Unidos, onde descobriu a sua vocação para “stand-up
comedy”, algo que não agrada aos seus pais. Pior que isso é o facto de ele
recusar as jovens paquistanesas que a sua mãe lhe apresenta como possíveis
noivas e apaixona-se por Emily, uma jovem americana. Quando esta contrai uma
estranha doença, Kumail é obrigado a enfrentar a sua família e a perceber o que
na realidade quer da vida.
Os Actores: Este é um daqueles filmes que vive dos
actores e, neste caso, ou se engraça com Kumail Nanjiani ou temos o “caldo
entornado”... Eu achei-o inexpressivo e sem graça; ele até pode ser um
excelente comediante de “Stand-up comedy” na vida real, mas como actor deixa
muito a desejar (se bem que aqui faz dele próprio). Como Emily, Zoe Kazan tem
uma presença simpática e, como o seu pai, Ray Romano é desajeitadamente
engraçado. Anupam Kher, Zenobia Shroff e Adeel Akthar convencem como a família
de Kumail. Mas a alma do filme é a excelente Holly Hunter que, no papel da mãe
de Emily, rouba todas as cenas em que aparece e é um vulcão de vida!
O Filme: A comédia é capaz de ser o mais difícil
de todos os géneros cinematográficos, pois o sentido de humor é uma coisa muito
pessoal e nem toda a gente acha graça à mesma coisa. No IMDB este filme tem uma
classificação de 7.7, o que é muito bom e me fez pensar “o que terá acontecido
ao meu sentido de humor?”. Pois é, não gostei do filme, achei-o demasiado longo
e repetitivo. Claro que tem algumas coisas engraçadas e ri-me em duas ou três
ocasiões, mas não tanto como esperava. O lado dramático não me tocou emocionalmente
e senti-me desligado da história, apesar de me fazer confusão as conservadoras tradições
paquistanesas. Talvez o facto de não ter gostado do actor principal seja a
principal razão de assim ser, mas senti que o realizador e os argumentistas “esticaram”
demasiado a história. Mas, perante a classificação do IMDB, estou sozinho no
meu descontentamento, por isso arrisquem e até pode ser que achem mais graça
que eu... se calhar quando o vi não estava em dia para comédias...
Classificação: 3 (de 1 a 10)
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