A História: Tony é um reformado divorciado que
parece estar bem com a sua vida. Ao receber uma carta de uma antiga namorada,
referente a uma pequena herança que lhe foi deixada pela mãe desta, começa a
recordar o seu passado e é obrigado a rever algumas das suas acções.
Os Actores: Não tenho nada contra Jim Broadbent e
até acho que ele é um bom actor, mas nunca simpatizei muito com o senhor.
Talvez por isso não tenha sentido qualquer tipo de empatia com o seu personagem;
ele é convincente no papel, mas não mexeu comigo. O jovem Billy Howle dá vida à
mesma personagem quando jovem e só me fez lembrar, fisicamente e no estilo de
interpretação, Eddie Redmayne. No papel da jovem Veronica, Freya Mavor
revela-se uma actriz promissora e, na versão mais velha, Charlotte Rampling empresta
a Veronica o seu lado frio e olhar penetrante. Em papéis secundários, Harriet
Walter, Michelle Dockery, Matthew Goode e Emily Mortimer dão credibilidade às
suas personagens.
O Filme: O filme anterior de Ritesh Batra,
DABBA (A Lancheira), foi para mim uma agradável surpresa e foi cheio de
pensamentos positivos que fui ver este filme. Baseado num best-seller de Julian
Barnes que eu não li, é um drama que promete mais do que aquilo que, emocionalmente
falando, me ofereceu. Acredito que o facto do personagem principal não ser
muito interessante não ajuda nada e, por vezes, achei que a acção se arrastava
um pouco. Tenho pena que a personagem de Veronica (a antiga namorada) não tenha
sido mais explorada, pois é a personagem mais cativante da história. Achei
graça a uns pequenos apontamentos homoeróticos (por exemplo: a cena entre Tony
e o irmão de Veronica), mas estes não vão a lado nenhum. Depois é tudo um
bocado contido, sem grandes oscilações de humor, drama ou emoção. Gosto de
filmes mais emotivos, que me consigam prender à história que contam e não é
esse o caso com este SENSE OF AN ENDING, cujo título poético parece prometer
algo de diferente e mais intenso.
Classificação: 4 (de 1 a 10)
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