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terça-feira, 2 de maio de 2017

FÁTIMA de João Canijo

A História: Tal como diz no cartaz, acompanhamos a viagem de “11 mulheres ao longo de 9 dias e 400 km até chegarem a Fátima”; pelo caminho ficamos a conhecer um pouco de cada uma delas, tanto o bom como o menos bom.

Os Actores: Rita Blanco e Anabela Moreira lideram este elenco feminino com naturalidade e talento, onde, para além delas, se destaca Vera Barreto. Mas, na verdade, estão todas bem e tornam as suas personagens reais. Fazem-nos acreditar na sua fé (se bem com um palavreado pouco próprio para beatas), nas suas dores físicas e emocionais, nas suas rivalidades e fazem-no com a dose certa de humor.  

O Filme: Muita gente poderá pensar que este filme de João Canijo é uma experiência religiosa, uma homenagem à fé e a Fátima. Nada disso, as suas personagens podem ser um grupo de beatas, mas nenhuma delas revela uma devoção muito intensa. Um dos aspectos mais curiosos é o facto de não sabermos quais os motivos ou promessas que levam estas mulheres a fazer esta peregrinação, o que interessa a Canijo é a viagem e as relações que se criam entre as suas personagens. Li algures que ele deu liberdade às actrizes de improvisarem os seus diálogos e isso é uma mais valia, pois dá uma naturalidade ao filme que o torna mais real. Por vezes quase que se sente o cheiro que deve inundar as roulottes onde elas dormem. Mas duas horas e meia é demasiado tempo para acompanhar estas personagens e dispensava longos planos de elas a caminharem sozinhas, onde nada acontece; acredito que isso tenho como objectivo sentirmos o cansaço que elas sentem, mas não havia necessidade. Como também não havia necessidade de as ver todas nuas a tomarem banho; não tenho nada contra a nudez, mas achei a cena um pouco gratuita. Também li que existe uma versão mais longa do filme, mas para mim esta chega e sobra.

Classificação: 5 (de 1 a 10)


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