A História: Numa pequena cidade à beira mar, um grupo de
padres pecadores vive pacificamente na companhia de uma freira. Quando um novo
padre se suicida, logo após a sua chegada a essa casa, as suas vidas vão ser
transtornadas pelo Padre Garcia, enviado pela igreja a fim de investigar o
sucedido.
Os Actores: A naturalidade e a convicção com que todo o
elenco interpreta os seus personagens é verdadeiramente notável. Por razões de
importância dos seus personagens, destaque para: Alfredo Castro como o
torturado padre pedófilo; Marcelo Alonso, que dá à personagem do Padre Garcia
um olhar intenso que penetra o interior dos outros, ao mesmo tempo que parece
ter também algo a esconder; Roberto Farias como o inocente Sandokan, que foi
abusado sexualmente quando era miúdo pelo padre que se suicidou; Antonia Zegers
inesquecível como a maquiavélica, beata e sonsa freira.
O Filme: Porra! Isto é forte! Eu sabia ao que é que
ia, mas nunca pensei que fosse assim tão forte. O filme é como que um murro no
estômago na Igreja Católica e o realizador Pablo Larrían não se reprimiu de
chamar as coisas pelos nomes e não fugiu da violência. Os lentos primeiros
minutos não nos preparam para o que aí vem, mas a partir do momento que a
história arranca nunca mais nos larga. Somos quase que sugados para a realidade
perturbante deste “clube” de padres pecadores, que não aceitam no seu íntimo
que cometeram actos criminosos. Este é capaz de ser o mais forte e polémico
filme do ano e será uma pena que passe despercebido do público. Vão ver, mas
preparem-se, a linguagem é adulta e o filme consegue ser muito violento, tanto
física como psicologicamente. A não perder!
Classificação: 8 (de 1 a 10)
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