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domingo, 1 de março de 2015

OLHOS GRANDES (Big Eyes) de Tim Burton

América, anos 50. Margaret é uma mãe divorciada cuja carreira de pintora está estagnada. Um dia conhece Walter Keane, um pintor, com quem acaba por vir a casar. Ao tentar vender obras de ambos, Walter percebe que as pinturas com crianças de olhos grandes feitos por Margaret têm potencial e, dizendo que foi ele que os pintou, torna essas pinturas num grande sucesso comercial. Ao princípio Margaret aceita que ele fique com os créditos, mas com o passar dos anos muda de ideias e o caso é levado a tribunal.

Este é capaz de ser o mais impessoal filme da carreira de Tim Burton, bem como dos mais fracos e decepcionantes. Não há nada nele que nos remeta para o universo estranho, mágico e excêntrico a que Burton nos habituou. Assim, temos um drama bem filmado, mas sem coração nem alma. É tudo muito certinho, não provoca qualquer tipo de emoção e o resultado final faz-me lembrar um telefilme insípido, politicamente correcto em todos os aspectos.

O que mais me custou foi ver Amy Adams, de quem sou grande fã, e Christoph Waltz a darem-nos duas das piores interpretações da sua carreira. Adams, muito doce e frágil, não me convenceu como Margaret. Waltz está em pleno over-acting, a ponto de se tornar cansativo; talvez o personagem real fosse assim, mas achei que a sua interpretação tem demasiado esgares para o meu gosto. Waltz é um excelente actor secundário (até já ganhou dois Óscars nessa categoria), mas acho que ele não tem perfil para actor principal.

O cinema de Tim Burton costuma ser do meu agrado, mas desta vez não me conquistou mesmo nada. Quanto aos quadros das crianças com olhos grandes... bem é tudo uma questão de gosto, tal como o filme. Classificação: 3 (de 1 a 10)








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