Joe Doucett é um bêbado com muito pouco respeito
por aqueles que o rodeiam, incluindo a sua ex-mulher e a filha. Uma noite
acorda num pequeno quarto de hotel, onde, através da televisão, descobre que é acusado
de ter assassinado a sua ex-mulher. Nesse quarto ele permanece prisioneiro
durante 20 anos. Ao fim desse tempo é finalmente posto em liberdade e a única
coisa que ele quer é descobrir quem é o responsável pelo seu aprisionamento,
pelo crime de que é falsamente acusado e tentar rever a sua filha.
Uma vez que não vi a versão original, não tenho
forma de fazer comparações, mas para mim este é capaz de ser um dos melhores
filmes de Spike Lee. Com um argumento interessante que me deixou intrigado até
ao imprevisível final, é um filme violento tanto a nível físico como psicológico.
Por vezes a violência é um bocado exagerada (toda a sequência “kung-fu” nos
armazéns onde Joe esteve preso) quebrando a tensão que se vai criando, mas o
final é habilmente criado.
Ao princípio achei que Josh Brolin estava um bocado
over-acting, mas aos poucos e poucos a sua interpretação vai ficando mais
contida, tornando-se mais convincente. Como o responsável por tudo aquilo que
se passa, Sharlto Copley é um vilão retorcido e Elizabeth Olsen vai bem como a
jovem que tenta ajudar Joe a descobrir o que se passa. Samuel L. Jackson também
tem uma presença forte, conseguindo roubar as cenas em que aparece.
Não aconselharia este filme a pessoas com estômago fraco,
mas tem uma boa história e uma realização eficaz, bem como boa música Roque Baños.
Classificação: 7 (de 1 a 10)
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