Um lar de terceira idade para músicos está em crise
económica e necessita de montar um concerto com o fim de angariar fundos para
poder continuar aberto. Entretanto, uma grande diva da ópera chega ao lar e
cabe a três velhos amigos convencê-la a tomar parte no concerto.
Para a sua estreia oficial como realizador, Dustin
Hoffman escolheu uma história humana e comovente sobre a terceira idade e a
amizade. Ele dirige o filme com um apurado sentido de humor, não cede a
lamechices e demonstra um grande respeito pelos actores. É curioso o facto de Hoffman
ter escolhido uma produção inglesa para a sua estreia, mas este é o tipo de
história que só se consegue imaginar com actores ingleses.
Maggie Smith é perfeita como a diva e, como os seus
amigos, Tom Courtenay, Billy Connoly e Pauline Collins são todos excelentes.
Michael Gambon também vai muito bem como o irritante “ditador” responsável pelo
concerto e a mais jovem Sheridan Smith é convincente como a médica responsável
pelo lar. As restantes personagens são interpretadas por velhos artistas, que
tornam tudo muito mais real.
Pessoalmente gosto muito de pequenos filmes como este,
que vivem da história e dos actores. Podem chamar-me velho, mas estou cada vez
mais cansado de comédias estúpidas e de filmes de acção alucinante. Esta
comédia é, sem dúvida, refrescante. Classificação:
7 (de 1 a 10)
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