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sábado, 26 de janeiro de 2013

SEIS SESSÕES (Sessions) de Ben Lewin


Mark O’Brien, devido a ter tido poliomielite quando era pequeno, está paralisado do pescoço para baixo, mas não consegue deixar de sonhar em ter relações sexuais com uma mulher. Contrata então uma terapeuta sexual e assim Cheryl entra na sua vida.

Por vezes há filmes que são muito mais do que isso. Neste caso particular, temos um verdadeiro hino à vida! Baseado numa história verídica, tinha todas as ferramentas para ser um festival de lamechice. Felizmente, o realizador Ben Lewin, inspirando-se na personagem real, consegue evitar os lugares comuns do género e dá-nos um comovente e bem disposto drama. Adorei o espírito e a contagiante alegria de viver de Mark; o seu sentido de humor é verdadeiramente inspirador e não é de admirar que ele tenha tocado de forma positiva a vida de todos aqueles que o rodeavam.

Como Mark, John Hawkes dá-nos uma excelente interpretação, digna de um Óscar, mas a verdade é que infelizmente nem foi nomeado. Apenas com o uso da voz e de um simples olhar ele habita o personagem de forma real, fazendo-nos acreditar nos seus sonhos e no seu potencial. A seu lado, Helen Hunt é fabulosa como Cheryl, despindo-se literalmente de preconceitos e dando-nos um desempenho comedido e real; sabe bem ver uma estrela comprometer-se desta maneira. Também William H. Macy, como o padre confidente de Mark, está no seu melhor.

Um filme corajoso, que retrata um problema grave com humor e sensibilidade. Se no fim, tal como eu, derramar uma lágrima ou duas, é sinal que é humano. Deixem-se conquistar por Mark e vão ver que não se arrependem. Classificação: 8 (de 1 a 10)


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