Cheyenne, uma estrela de rock de descendência judia, cinquentão e
reformado, está aborrecido com a sua vida e parece não ter crescido. Um dia é
obrigado a regressar aos Estados Unidos para ir ao funeral do pai e fica a
saber que este procurava um “assassino” nazi. Assim, decide continuar as buscas
do seu pai pela América.
Com este filme, Paolo Sorrentino dá-nos algo diferente, uma comédia
dramática quase surrealista, povoada de personagens ricos em personalidade. Não
sou grande apreciador de ritmo lento em filmes, mas aqui faz todo o sentido e,
tal como Cheyenne, a acção arrasta-se com humor e originalidade.
Este estranho “road movie” assenta quase a 100% na interpretação de Sean
Penn. Felizmente este está no seu melhor, dando-nos uma interpretação cheia de
graça e completamente decadente (o modelo para a sua estrela rock é o Robert
Smith dos “The Cure”). Um elenco de excelentes secundários dá-lhe apoio
incondicional, entre eles Frances McDormand e Kerry Condon.
Uma última palavra para a música de David Byrne, que assenta que nem uma
luva com o estilo do filme. A sequência da sua actuação é das cenas mais
originais do filme. Classificação: 6 (de 1 a 10)
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