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domingo, 11 de dezembro de 2011

DRIVE – DUPLO RISCO (Drive) de Nicolas Winding Refn


Driver é um condutor de automóveis com dois empregos: duplo de cinema e condutor de criminosos que praticam assaltos. Um dia conhece a sua vizinha Irene e seu filho Benicio e cria laços emotivos com eles. Quando o marido dela regressa da prisão, ele tem que ajudá-lo num assalto que corre mal e a sua vida complica-se de forma violenta.

Lembram-se do fantástico BLOOD SIMPLE dos irmãos Coen? Durante todo o tempo que estive a ver este DRIVE, só me lembrava desse filme dos Coen, o que podia ser mau, mas não é. O estilo de Nicolas W. Refn (de quem nunca tinha visto nada até agora) é parecido com o dos irmãos Coen, no ritmo lento, no uso das cores e dos cenários, nas explosões de violência e em atmosfera. Felizmente, tem uma história interessante que se presta a esse tratamento e, apesar de poder ser considerado um exercício de estilo, o filme prende-nos a atenção e os seus personagens agarram-nos.

Um filme destes precisava de um actor especial, que conseguisse transmitir o lado cool da personagem, o seu lado frio e violento, bem como o seu lado simpático. A escolha não podia ter sido melhor, Ryan Gosling é tudo isso e muito mais. Ele carrega confortavelmente o filme nos seus ombros e a câmara adora-o. A seu lado, Carey Mulligan não podia ser mais doce e Albert Brooks não podia ser mais diabólico.

Um bom exemplo de thriller cinematográfico que deve ser apreciado numa boa sala de cinema, onde o filme e as suas personagens possam respirar. Classificação: 8 (de 1 a 10)


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