A História: Reynolds Woodcock
é um estilista de alta-costura feminina, que vive com a sua irmã e tem uma vida
cheia de rotinas, onde todas as suas vontades são respeitadas. Um dia conhece
Alma, que se torna uma das suas musas amantes e que começa a alterar as suas
rotinas.
O Filme: O
realizador/argumentista Paul Thomas Anderson, anunciou que se iria retirar da
vida profissional após este filme e o mesmo disse o actor Daniel Day-Lewis. Não
posso dizer que, se for este o caso, ambos não saem com um bom filme, mas a
verdade é que não é o melhor trabalho de qualquer um deles.
É um drama
sofisticado e retorcido que se segue com interesse, mas o seu ritmo lento
torna-o por vezes um pouco enfadonho. Sem dúvida que Anderson dirige com elegância,
talento e um humor subtil, mas também com alguma frieza, o que de certa forma
me distanciou dos seus personagens.
Como todos
sabemos, Daniel Day-Lewis é um verdadeiro camaleão e aqui cria um personagem
irritante, por vezes quase odioso, mas também charmoso e sedutor. Como Alma,
Vicky Krieps tem uma presença forte e move-se quase como se fosse uma assombração.
Quanto a Lesley Manville, é excelente como a fria e sempre muito educada irmã
de Reynolds.
A melhor cena do
filme é quase no final, quando Alma cozinha uma requintada omelete que Reynolds
come com prazer mórbido. Não é o grande filme que eu esperava, mas é por vezes
um retrato fascinante e intimista de um génio e da sua obra.
Classificação: 6 (de 1 a 10)
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