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domingo, 4 de fevereiro de 2018

LINHA FANTASMA (Phantom Thread) de Paul Thomas Anderson

A História: Reynolds Woodcock é um estilista de alta-costura feminina, que vive com a sua irmã e tem uma vida cheia de rotinas, onde todas as suas vontades são respeitadas. Um dia conhece Alma, que se torna uma das suas musas amantes e que começa a alterar as suas rotinas.

O Filme: O realizador/argumentista Paul Thomas Anderson, anunciou que se iria retirar da vida profissional após este filme e o mesmo disse o actor Daniel Day-Lewis. Não posso dizer que, se for este o caso, ambos não saem com um bom filme, mas a verdade é que não é o melhor trabalho de qualquer um deles.
É um drama sofisticado e retorcido que se segue com interesse, mas o seu ritmo lento torna-o por vezes um pouco enfadonho. Sem dúvida que Anderson dirige com elegância, talento e um humor subtil, mas também com alguma frieza, o que de certa forma me distanciou dos seus personagens.
Como todos sabemos, Daniel Day-Lewis é um verdadeiro camaleão e aqui cria um personagem irritante, por vezes quase odioso, mas também charmoso e sedutor. Como Alma, Vicky Krieps tem uma presença forte e move-se quase como se fosse uma assombração. Quanto a Lesley Manville, é excelente como a fria e sempre muito educada irmã de Reynolds.
A melhor cena do filme é quase no final, quando Alma cozinha uma requintada omelete que Reynolds come com prazer mórbido. Não é o grande filme que eu esperava, mas é por vezes um retrato fascinante e intimista de um génio e da sua obra.

Classificação: 6 (de 1 a 10)
































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