A História: Claire, uma parteira solitária, recebe
um telefonema da antiga amante do seu pai, Béatrice, a qual levou este ao
suicídio quando o deixou. Curiosa por saber o que ela fez com a sua vida,
Claire aceita encontrar-se e juntas acabam por criar laços de amizade.
Os Actores: Duas grandes Catherines, Frot e
Deneuve, dão vida, respectivamente, a Claire e a Béatrice. A química que
partilham entre si é a alma e o coração deste drama pontuado por humor. Ambas
dão-nos excelentes interpretações e há muito tempo que não via Deneuve tão bem;
a verdade é que o papel lhe assenta que nem uma luva e o mesmo se pode dizer do
papel de Frot.
O Filme: Imagino o prazer que deve ter dado ao
realizador Martin Provost não só dirigir este duo de actrizes, como também
escrever estes papéis para elas. A sua câmara filma-as com amor e carinho e
tudo o resto é quase secundário. É um drama por vezes comovente que nos fala de
pessoas reais, em cujas vidas não acontece nada de especial e que, no entanto,
têm vidas tão ricas em emoções que nos fazem acreditar que, apesar dos
problemas, é bom estarmos e sentirmo-nos vivos. Não é uma lição de moral, mas
apenas um pequeno filme, com grandes actrizes e uma história simples, sem
pretensões de ser artístico ou de nos revelar grandes verdades.
Classificação: 6 (de 1 a 10)
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